As suculentas são aquelas plantas nas quais a raiz, caule ou folhas possuem tecidos capazes de armazenar água em quantidades muito maiores que em plantas normais.
Esta adaptação lhes permite manter reservas do líquido durante períodos prolongados e sobreviver em ambientes áridos e secos por maior período de tempo.
A adaptação das suculentas lhes permite colonizar ambientes pouco habitados, que recebem pouca água e muita luz. Para possibilitar a captação da escassa humidade presente no ambiente, muitas suculentas possuem a superfície das folhas e caules cobertos de pêlos (para captar o orvalho) e ceras (para impedir a perda de água pela evaporação).
Sua forma de propagação vegetativa se dá pela simples queda da folha na superfície do solo.
A água contida na folha é suficiente para hidratar as raízes e a formação da muda até a maturidade do crescimento.
1º PASSO: SUBSTRATO DE ENRAIZAMENTO
O substrato ideal para o enraizamento das suculentas deve ser poroso, leve, não reter humidade e ser de fácil manuseio.
O mais usado para o enraizamento de mudas e estacas de suculentas é a areia lavada de construção (deve ser peneirada para retirar os grumes de argila e pedriscos grandes).
Em uma bandeja furada no fundo, deve ser colocada uma camada de 1 cm de brita 0 ou pedriscos, em seguida, preencher até a borda com a areia lavada.
Apertar e molhar para retirar os espaços com ar, preencher novamente com areia para manter a uniformidade da bandeja.
Deve ser colocada sobre a areia, uma camada de esterco curtido (seco, moído, peneirado e isento de plantas daninhas) de aproximadamente, 0,5 cm.
As suculentas adoram o esterco, por ser rico em matéria orgânica e ter baixo teor de nitrogênio, esse produto acelera o crescimento radicular e a formação das mudas.
2º PASSO: PREPARAÇÃO DAS NOVAS MUDAS
As folhas que serão usadas na propagação devem ser destacadas na base do caule da planta matriz. É importante ficar atento neste processo pois algumas folhas quebram com facilidade antes da base. É justamente na base que serão formadas as raízes e a muda.
As estacas laterais devem ser cortadas na lateral do caule. É importante tomar cuidado caso seja feito o arranquio para não necrosar o caule da planta. O ferimento no caule é uma porta aberta para entrada de doenças e também para a desidratação da planta matriz.
Se houver um ferimento no caule, deve-se pulverizar o lugar com canela em pó para que seja feita a cicatrização do lugar lesionado.
3º PASSO: DESENVOLVIMENTO NA AREIA
O plantio das estacas laterais na areia deve ser feito de forma simples. Deve-se fazer um buraco com um lápis, enfiar o caule da suculenta, apertar em volta para firmar e molhar a areia em seguida. Leva-se em torno de 20 dias para as mudas estarem enraizadas e aptas para o plantio no vaso individual. Após esse prazo deve-se, molhar a areia ou com uma faca, afofar a areia ao redor da muda e puxar levemente para que ela saia com raízes.
Não é necessário lavar a areia que fica grudada no sistema radicular das mudas. Após a formação radicular, as mudas tem condições de absorver os nutrientes que compõe o condicionador de solo e crescer mais saudáveis e bonitas.
No caso das folhas da planta matriz, deve-se deixar as folhas sobre o esterco, não é necessário plantar a folha, há um sério risco da mesma melar. Após cerca de 7 dias, inicia-se a formação radicular. Algumas espécies formam raízes antes e outras após esse período de 7 dias.
Após as raízes crescerem e entrarem em contato com o esterco, as mesmas absorvem o nutriente deste produto e aceleram a formação do brotinho.
Esse broto só estará maduro para o vaso individual quando a folhinha que o gerou secar naturalmente. Não é necessário lavar a areia que ficar grudada no sistema radicular do broto.
4º PASSO: PLANTIO NO VASO INDIVIDUAL
Após a mudinha estar formada e a estaca enraizada deve-se fazer o plantio no vaso individual para o desenvolvimento da mesma. O plantio é feito da mesma forma que qualquer planta. Deve-se colocar um drenante no fundo do vaso (brita, seixo, caco de telha, argila expandida, etc.), completar com um substrato até a borda, plantar a muda, apertar em volta para firmá-la, molhar e deixar em uma área sombreada até o crescimento e formação de novas folhas e brotos.
Após o crescimento, deve-se colocar o vasinho no sol para adaptação e mudança de cor das folhas. Após o inicio de brotação de novas folhas, deve-se iniciar a adubação foliar nas mesmas para acelerar o desenvolvimento da muda no vaso individual.
É importante hidratar a planta pelo menos 1 vez a cada 15 dias.
5º PASSO: CONDIÇÕES IDEAIS DE CRESCIMENTO
O vaso com as folhinhas deve ficar em local onde receba apenas a claridade. O sol direto queima os brotinhos e raízes novas. É importante na hora de molhar, humedecer apenas o substrato (conforme descrito no 1º Passo).
A folhinha possui água e nutrientes suficientes para produzir raízes e o novo broto. Se receber água em excesso, corre o risco de melar e apodrecer o broto. Proteja o vaso da chuva.
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