Século XIX - Parte 2: A Moda na Era Vitoriana
A Era Vitoriana,
no Reino Unido, foi o período do reinado da Rainha Victória: a partir
de Junho de 1837 até Janeiro de 1901. A moda vitoriana se divide em dois
momentos: Early Victorian (1837 – 1860) relativo aos primeiros anos de reinado e Mid to Late Victorian (1860 – 1901) do meio para o fim do reinado.
Early Victorian (1837 – 1860)
Nascia
nessa época a sociedade de consumo e por conta disso a burguesia estava
com grande prestígio, afinal eram tempos de revolução industrial,
consumo, comércio e desenvolvimento das ferrovias. A prosperidade
influenciou a moda.
A silhueta adotada a partir de 1830, ao contrário da romântica, fez os ombros se estreitaram, a cintura baixou e os espartilhos ficaram “pontudos”, as mangas desceram até o pulso. A saia, de cônica passou a ser em formato redondo. O excesso de anáguas pesadas propiciou a invenção de um novo tipo de armação para as saias, a crinolina. Como acessório, a moda era uma pequena bolsa de cetim bordada ou estampada ou buquês de flores (foto abaixo).
A silhueta adotada a partir de 1830, ao contrário da romântica, fez os ombros se estreitaram, a cintura baixou e os espartilhos ficaram “pontudos”, as mangas desceram até o pulso. A saia, de cônica passou a ser em formato redondo. O excesso de anáguas pesadas propiciou a invenção de um novo tipo de armação para as saias, a crinolina. Como acessório, a moda era uma pequena bolsa de cetim bordada ou estampada ou buquês de flores (foto abaixo).
No
início da era Vitoriana, que foi um reinado extremamente puritano, as
mulheres eram extremamente recatadas e de movimentos restritos,
aparência vulnerável. As cores das roupas eram claras e o espartilho era
considerado uma necessidade médica usado em versões juvenis, em
crianças a partir de três anos. Crescidas, as mulheres usavam várias
camadas de corpetes, mais de quatro camadas de anáguas, armação de saia,
mais um vestido de 20 metros de lã ou seda com barbatanas. Ao sair de
casa acrescentava-se um xale pesado e uma grande touca (bonnet)
adornada, podendo carregar até 15 quilos de roupas. Os cabelos eram
cacheados, olhos grandes e escuros, bocas pequenas e ombros caídos eram o
ideal de beleza. As mulheres deveriam parecer uma mistura de criança e
anjo.
As
mangas justas eram bufantes no antebraço, o corpete e a saia formavam
uma só peça abotoada atrás. Também podiam usar uma jaqueta curta
separada das saias que eram compridas e rodadas, com forros de lá,
anáguas e uma anca feita de crina de cavalo, a crinolina inicial,
diferente de crinolina do futuro. Os sapatos, salvo exceções, eram sem
salto ao estilo sapatilha, às vezes amarrada no tornozelo como a de uma
bailarina e eram da mesma cor da roupa. Nas ruas podiam usar botas de
tecido. As mulheres deveriam aparentar serem miúdas e terem pés
minúsculos, uma imitação da estrutura corporal da Rainha Victoria.
A invenção das primeiras crinolinas de aço em 1856, foi devido ao peso intolerável das anáguas, e com a crinolina de aço aumentou-se o volume das saias, mas os babados diminuíram gradualmente em favor de uma saia mais lisa. A crinolina é um conjunto feito de crina de cavalo mesclado com algodão ou linho, usado junto com uma armação enorme, cônica e circular de aros de metal chamada cage. E representava o prestígio e esplendor da sociedade capitalista. A crinolina fazia as mulheres ficarem livres da camadas de anáguas, fazendo com que elas pudessem movimentar livremente as pernas por baixo da gaiola de aço.
Nesta época as botas entraram na moda, com saltos mais altos e amarradas até o meio das canelas.

A maior característica da moda vitoriana eram os vestidos que cobriam totalmente a parte inferior do corpo, ao contrário da era romântica onde pés ou calcanhares ficavam aparentes. O espartilho e os ombros eram minúsculos acentuando a aparência frágil na parte de cima da cintura, complementados pela amplidão das saias. Entre 1840 e 1850 foram usados gorros que escondiam rosto e pescoço e que só permitiam a moça de olhar para a frente. Nunca as mulheres estiveram tão vestidas, apenas o rosto era exposto.
Foi nessa época que as primeiras mulheres começaram a reclamar das restrições das roupas e da saúde, tanto que fez-se surgir um tipo de calças folgadas ao estilo turco, chamadas de “bloomers” inventado pela ativista Amélia Bloomer Jenks, no entanto, a peça foi ridicularizada e a peça acabou sendo adaptada para as meninas e para educação física feminina.
Na moda masculina, a grade influência foi o Príncipe Albert, consorte da Rainha Victoria, ele era mais novo que ela e muito vaidoso. Os ombros e o peito eram cheios e a cintura, minúscula. Surgiu para o homem, a roupa de trabalho, já que ele era o reflexo da sociedade produtiva. As roupas eram sóbrias e sérias, o homem omitia os enfeites, à exceção da gravata, da cartola, da barba e normalmente, da corrente do relógio de bolso, que ficava aparente sobre o colete.
Mid to Late Victorian (1860 – 1901)
Na
década de 1860, a silhueta se tornou menor, incluindo os chapéus.
Tecidos listrados e geométricos ficaram populares, as saias podiam ser
assimétricas com bastante volume atrás.
Nessa época a máquina de costura foi inventada e revolucionou a fabricação de roupas, as pessoas começaram a ter máquinas em casa. Então as roupas da aristocracia e da burguesia ficaram cada vez mais semelhantes. Charles Frederick Worth vestia todos os endinheirados houve uma aproximação visual entre as roupas das diversas camadas sociais, onde entrou pela primeira vez, no universo da moda, o prestígio do artista, do criador de moda, a pessoa que elaborava roupas e assinava coleções.
Em 1861 morre o príncipe Albert e a Rainha Victoria mergulha em tristeza, vestindo luto e não o tirando até o fim da vida. A morte do Príncipe Albert marca o início da segunda fase da Era Vitoriana: as cores escurecem. A moda vitoriana virou a moda do luto extremo, o que contribuiu pra essa cor se tornar mais aceita e digna para as mulheres. O normal era se usar luto por dois anos, mas rainha Victoria optou pelo luto permanente e muitas mulheres a imitaram.
Então, uma nova silhueta apareceu. As diversas camadas de saias foram substituídas por uma silhueta que ainda cobria extremamente o corpo, mas agora as saias foram varridas para trás, sendo justas e estreitas na frente e volumosas em um amontoado de tecido atrás terminando em cauda. Look que causou furor pois mostrou mais as formas do corpo feminino. O espartilho tornou-se ainda mais rígido, restringindo ainda mais os movimentos. No final dessa década, a crinolina foi reduzida a uma espécie de anca de arco de metal unidos por uma dobradiça que se movimentava quando a usuária de sentava ou levantava. Os tempos estavam mudando, as mulheres mais pobres e as de classe média que precisavam de renda passaram a trabalhar com datilografia ou com costura e essas mulheres protestavam contra a moda vigente.
Nessa época a máquina de costura foi inventada e revolucionou a fabricação de roupas, as pessoas começaram a ter máquinas em casa. Então as roupas da aristocracia e da burguesia ficaram cada vez mais semelhantes. Charles Frederick Worth vestia todos os endinheirados houve uma aproximação visual entre as roupas das diversas camadas sociais, onde entrou pela primeira vez, no universo da moda, o prestígio do artista, do criador de moda, a pessoa que elaborava roupas e assinava coleções.
Em 1861 morre o príncipe Albert e a Rainha Victoria mergulha em tristeza, vestindo luto e não o tirando até o fim da vida. A morte do Príncipe Albert marca o início da segunda fase da Era Vitoriana: as cores escurecem. A moda vitoriana virou a moda do luto extremo, o que contribuiu pra essa cor se tornar mais aceita e digna para as mulheres. O normal era se usar luto por dois anos, mas rainha Victoria optou pelo luto permanente e muitas mulheres a imitaram.
Então, uma nova silhueta apareceu. As diversas camadas de saias foram substituídas por uma silhueta que ainda cobria extremamente o corpo, mas agora as saias foram varridas para trás, sendo justas e estreitas na frente e volumosas em um amontoado de tecido atrás terminando em cauda. Look que causou furor pois mostrou mais as formas do corpo feminino. O espartilho tornou-se ainda mais rígido, restringindo ainda mais os movimentos. No final dessa década, a crinolina foi reduzida a uma espécie de anca de arco de metal unidos por uma dobradiça que se movimentava quando a usuária de sentava ou levantava. Os tempos estavam mudando, as mulheres mais pobres e as de classe média que precisavam de renda passaram a trabalhar com datilografia ou com costura e essas mulheres protestavam contra a moda vigente.
Em 1870, a moda eram vestidos em cores vibrantes, usando o espartilho de outra cor ou tecidos diferentes nas saias, sendo um liso e outro estampado. O chapéu ao estilo boneca dava lugar a chapéus pequenos, caídos sobre a testa. Um tipo de jaqueta que formava uma sobre-saia foi muito usada.
Em 1880, as mangas eram justas e a parte de cima do corpo era enfeitadas com babados cobrindo o ombro. A saia ficou com forma de trombeta, ainda com muito volume na parte de trás e a forma adquirida junto com os espartilhos era a forma de ampulheta. A anca passou a se projetar horizontalmente para trás.
Alguns intelectuais da época, incluindo Óscar Wilde abominavam essa moda. Algumas mulheres rebeldes, se recusavam a usar essas roupas e usavam trajes que seguiam a linha da moda, mas mais soltas e sem espartilho. Esses intelectuais e rebeldes protestavam contra o espartilho e as camadas desnecessárias de roupas. À medida que as mulheres foram ficando mais ativas na sociedade, os espartilhos rígidos saíram de moda.
A roupa masculina vitoriana, não difere muito da roupa romântica. Se usava fraque à noite; para o dia, casaco em curva sobre os quadris com abotoamento no peito, sobretudos curtos, calças justas. Com a popularização dos esportes, o homem passou a ter um traje para cada tipo de atividade esportiva, em geral calções justos e diferentes casacos. O homem a partir dessa década passou cada vez mais a usar trajes informais.
Ainda em 1880, a anca desapareceu das roupas femininas, as saias passaram a ter formato de sino, as blusas tinham gola alta babados de renda ou tule. A renda também passou a ser usada em vestidos e em anáguas, que eram agora um símbolo erótico, já que para atravessar a rua, as mulheres tinham que levantar o vestido e deixavam propositadamente a anágua rendada aparecer. Ainda se usavam luvas compridas à noite e leques imensos, as joias eram extremamente coloridas.
Com a popularização das bicicletas, os bloomers, antes rejeitados, eram agora usados apesar de ainda causarem escândalos.
A década de 1890, foi uma década de mudança de valores, para os jovens, devido aos trajes esportivos estarem em voga, havia uma sensação de liberdade ainda que as roupas cotidianas fossem extravagantes. A era vitoriana estava chegando ao fim. Ainda nessa década, o espartilho alongou e fazia com que o corpo da mulher formasse uma silhueta em forma de S. Silhueta que seria bem popular na Belle Époque.
Créditos: Toda esta informação não é da minha autoria, foi retirada da internet, bem como as fotografias, do blog http://modahistorica.blogspot.com, apenas me interesso por história da moda e compartilho com quem gosta também.
Sem comentários , comente também!
Enviar um comentário
Seja muito bem-vindo(a)!
Olá! Obrigada por visitar e ler meu blog. Não se esqueça de deixar um comentário. Pode não parecer, mas um blogueiro vive dos comentários. Faça-me feliz.
Importante!
Poderei não responder de imediato às perguntas ou dúvidas referentes às postagens neste blog.
Pedidos esclarecimento serão respondidos conforme o meu tempo e disponibilidade.
Por favor, entenda que os comentários abusivos e sem relação alguma com as postagens serão eliminados e não serão respondidos.
Para saber mais sobre a melhor forma de utilizar este blog leia os Termos de uso.