A Moda Feminina 1700 a 1750 - Atelier das bonecas Mimi

A Moda Feminina 1700 a 1750

14 julho, 2021

A Moda Feminina de 1700 a 1750

O século XVIII viu o nascimento da indústria moderna da moda na Europa. As revistas de moda surgiram, assim como as fashion plates (lâminas de moda). Pela primeira vez, os estilos podiam ser desenhados e copiados amplamente. A moda começou a mudar mais rapidamente liderada por Paris e Londres. As modas eram ditadas não por motivos práticos, mas por tendências de arte, cultura, política, novos descobrimentos, inovações tecnológicas e avanços científicos. Algumas modas europeias eram, de fato, tão impraticáveis que renderam à seus usuários uma incapacidade de fazer as atividades diárias.

Fora de Paris e Londres, a moda mudou lentamente. Nas terras de clima quente, roupas eram básicas e até mesmo inexistentes. O conceito de mudança de modas (tendências) era algo inimaginável em outros países. Em alguns lugares, roupas estruturadas de forma simples eram belamente adornadas seguindo estilos e moldes que não mudavam há gerações.
A Roupa Feminina de 1700 - 1750
As roupas usadas pelas classes altas da França e da Inglaterra definiram os estilos usados na Europa Continental e na América. Apesar de haver variações regionais nas roupas das pessoas das classes trabalhadoras, a classe alta num geral usava roupas muito parecidas.
No século XVIII as mulheres pararam de usar os corpetes pontudos com um vestido aberto sobre uma saia. Este estilo continuou apenas na primeira década do século XVIII mas logo foi substituído pelo sack ou sack back dress.
sack back dress

O Robe à volante (sack back dress)
Surgiu em torno de 1705 e tornou-se rapidamente popular permanecendo em voga até a década de 1780, embora houvessem outros estilos de vestido a partir de 1720. O robe à volante era um vestido largo e sem uma forma muito definida, tinha um pedaço de tecido preso ou pregueado dos ombros à bainha na parte de trás. Algumas vezes a amplidão da saia de cima era presa na saia de baixo o que fazia com formasse puffs, era comum prendê-la para alcançar os bolsos que eram colocados sob o panier. A frente da saia poderia ser aberta para mostrar a saia de baixo, ou fechada. Na frente há pregas largas enviesadas no decote. Uma característica muito peculiar do robe à volante são as mangas partindo do ombro, planas no topo e mais largas nos cotovelos, terminando com um punho rígido e plissado. São combinados com um penteado leve, muitas vezes sem touca.

Panier (pannier)
O que dava forma ao "sem forma" robe à volante eram os paniers. Era uma estrutura larga feita de tecido, fitas, cana, barbatana de baleia ou de metal. O panier (armação interior, para dar volume) era inicialmente circular, mas a forma mudou entre 1725 e 1730 se tornando oval e maior, depois se estreitaram expandindo lateralmente. Havia paniers de todo tipo. A circunferência chegou a 3.60 metros em seu momento mais extremo. O vestido se tornou tão largo que as mulheres tinham que atravessar portas virando o corpo lateralmente. Mais tarde, os paniers foram feitos em duas partes, uma pra cada lado (pocket hoops). Ficaram na moda até a década de 1760 e continuaram parte do traje formal de corte mesmo após esta data.

Panier (armação interior, para dar volume)

panier inicial, arredondado

Panier num de seus tamanhos extremos
Robe à la Française
O robe à volante perde um pouco de seu volume e em torno de 1720 aparece o robe à la française. Ele tinha duas séries de pregas caindo soltas na parte de trás, do pescoço à bainha, cuja saia terminava em cauda. A frente era moldada num corpete justo com um stomacher triangular ricamente decorado preso nas laterais do corpete. Algumas vezes o stomacher era substituído por diversos laços em tamanhos decrescentes. O vestido de cima caía amplamente aberto sobre uma anágua (petticoat) de mesmo tecido bastante decorada. A decoração também contornava o pescoço com babados. As mangas eram médias, lisas e mostravam um punho cheio de rendas. Permaneceu como vestido de gala até a revolução francesa. O corte do robe à la française não varia.


Duas séries de pregas caindo soltas na parte de trás do pescoço

Stomacher

É comum em alguns sites estrangeiros, as pregas nas costas do robe à la française serem chamadas de "pregas Watteau". Porém as pregas não tinham esse nome na época e o pintor não participou de sua criação.

Créditos: Toda esta informação não é da minha autoria, foi retirada da internet, bem como as fotografias, do blog http://modahistorica.blogspot.com, apenas me interesso por história da moda e compartilho com quem gosta também.

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